Como a moda está colaborando para experimentar com inteligência artificial?
A emergência da inteligência artificial (IA) e sua proliferação em todos os campos não é novidade para ninguém. Na verdade, tem acontecido tão rápido que, às vezes, fica difícil acompanhar tudo o que está acontecendo. Aqui na trendteller, trabalhamos na interseção entre moda e tecnologia — e tudo o que acontece nesse universo nos interessa e faz parte da nossa investigação constante.
Obra de arte digital comissionada pela Maison Gucci. Fonte: Campaign
Iniciamos a pesquisa para este artigo com o objetivo de mapear como as marcas de moda têm utilizado a inteligência artificial. Nesse processo, confirmamos algo que já suspeitávamos: a IA está presente nas mais diversas áreas das empresas. Seja no planejamento de demanda, no desenho de coleções ou campanhas inovadoras, ou como suporte em operações internas e no sucesso do cliente. Mas o que realmente chamou a atenção foi como a colaboração com especialistas e empresas tecnológicas foi chave para experimentar com mais segurança e aprender ao longo do processo.
A seguir, destacamos alguns cases inspiradores:
Revolve x Maison Meta
Campanha de aniversário com coleção elaborada por IA
Para comemorar seus 20 anos, a Revolve uniu-se à Maison Meta, uma agência pioneira em inteligência artificial generativa. O resultado foi uma campanha de marketing criada por IA, acompanhada de uma coleção cápsula desenvolvida com a mesma tecnologia. O impacto? As peças esgotaram em poucas horas no site da marca. Este exemplo mostra o potencial de usar IA para criar produtos alinhados a campanhas virais, aumentando vendas e a visibilidade da marca.
Fonte: Maison Meta
Gucci x Christie’s
Comissionamento de obras de arte elaboradas por artistas digitais
A Gucci foi um pouquinho mais longe: aprofundando sua estratégia de Web3, a marca se uniu à bicentenária casa de leilões Christie’s, para um projeto que une moda e arte contemporânea por meio da inteligência artificial. Juntas, lançaram um projeto que une moda e arte contemporânea por meio da inteligência artificial. Foram criadas 21 obras digitais por artistas nativos da Web3, vendidas no formato de NFTs. Essa é uma das diversas iniciativas da empresa de moda e reforça o branding e a imagem da Gucci, mostrando como a experimentação criativa com IA pode ultrapassar os limites tradicionais da moda.
Fonte: Campaign
Iris Van Herpen x x Nicola Formichetti e Rob Rusling:
Campanha de alta-costura que imagina um mundo em sinergia com a natureza.
A coleção “Architectonics”, apresentada durante a Paris Haute Couture Week de 2023, trouxe um mundo imaginado onde arquitetura e ecossistemas marinhos coexistem em harmonia. Para a campanha, Iris Van Herpen colaborou com Nicola Formichetti e Rob Rusling, utilizando IA para criar um editorial que traduzisse esse cenário visionário. Este projeto exemplifica como a tecnologia pode ajudar marcas a construir narrativas de futuro, alinhadas às suas visões e valores.
Fonte: VMagazine
Zegna x Microsoft
Plataforma de recomendação de produtos para consumidores
A Zegna foi por outro caminho: investiu em IA para aprimorar o relacionamento com seus clientes. Em parceria com a Microsoft, desenvolveu uma plataforma de recomendação que sugere produtos personalizados com base nos interesses dos consumidores.
Disponível apenas para os clientes que visitarem suas lojas, a tecnologia empodera os vendedores com um sistema de recomendação que facilita e potencializa a venda. São cerca de 49 bilhões de combinações potenciais de roupas, disponíveis no Zegna X, um aplicativo que começou como um programa piloto nos EUA em 2021 antes de ser implantado globalmente nas lojas da marca. Na mesma linha do que já praticam algumas fast-fashions como a Shein, basear-se em atributos de preferência do consumidor pode ajudar na sugestão de itens que ele possa ter maior interesse, aumentando a capacidade de conversão.
Fonte: Vogue Business
Moncler x Lulu Li:
Códigos de marca potencializados pela colaboração artística
Moncler se uniu com a artista Lulu Li para criar uma coleção - imaginada por meio da IA e transformada em produtos reais. A coleção, segundo release da marca, foi criada ‘de bits para átomos’ por meio das explorações de IA da artista Lulu Li. A artista é reconhecida pelos volumes digitais exagerados e referências zen minimalistas e tem atuação ampla nas artes - incluindo arte conceitual, arte visual, mídia interativa, arte generativa, pesquisa e desenvolvimento de conceitos. Para a Moncler, a artista misturou elementos próprios da sua criação artística com códigos da marca para o desenvolvimento de uma campanha conceitual e linha de produtos. Essa colaboração demonstra como a IA pode potencializar a identidade das marcas e gerar campanhas conceituais de alto impacto.
Fonte: Moncler
Nos impressionamos com a qualidade dos projetos elaborados pelas marcas, certamente potencializada pela parceria com especialistas nestes temas tão emergentes. Observamos que, colaborando, há um atalho no caminho, e novas ideias podem ser experimentadas de maneira acelerada sem perder qualidade.
Aqui na Trendteller, utilizamos IA para analisar portfólios e fornecer insights sobre códigos-chave, como cores, estampas, modelagens e materiais mais ou menos aceitos pelo público. Nossa missão é ajudar sua marca a explorar as possibilidades da IA sem perder a identidade.
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